Pyrostories: New Historical Insights into Portuguese Burning Landscapes
Abstract
:1. Introduction
2. Literature Review
2.1. Literary Criticism and History
2.2. Literary Criticism and Cultural Geography
3. Materials and Methods
4. Results
4.1. On the Distribution of the Literary Material
4.2. On Reading and Interpretation
4.2.1. Ignition, Burn, and Fire Spread
4.2.2. Living with Fires
5. Discussion
6. Conclusions
6.1. Historical and Cultural Significance of Fire in Portuguese Literature
6.2. Causes and Representations of Fire in Rural Communities
6.3. The Dual Nature of Fire: Destruction and Renewal
6.4. Final Remarks
Author Contributions
Funding
Data Availability Statement
Acknowledgments
Conflicts of Interest
Appendix A. Literary Corpus
References | 1st ed. | n |
Bivar, Manuel, A Charca. Língua Morta, 2021. | 2021 | 1 |
Cabral, António, A Noiva de Caná. Notícias, 1995. [44] | 1995 | 1 |
Carmelo, Luís, A Falha. EEA, 2009. [41] | 1998 | 1 |
Carvalho, Manuel Vaz de, Poemas do Solstício. Colibri, 2011. | 2000 | 1 |
Castro, José Ferreira, A Lã e a Neve. Guimarães & Cª, 1955. [24] | 1947 | 1 |
Cruz, Bento da, Planalto em Chamas. Arcádia, 1963. [43] | 1963 | 1 |
Faria, Almeida. A Paixão. Assírio e Alvim, 2013. [42] | 1965 | 1 |
Ferreira, Vergílio, Aparição. Bertrand Editora, 2001. | 1959 | 1 |
Ferreira, Vergílio, Mudança. Livraria Bertrand, 1979. | 1949 | 1 |
Fonseca, Manuel da, Cerromaior. Inquérito, 1943. [37] | 1943 | 1 |
Fonseca, Manuel da, Nortada. Fomento de Publicações, 1955. | 1942 | 1 |
Fonseca, Tomás, Filha de Labão. EEA, 1972. [39] | 1951 | 3 |
Godinho, Vergílio, Calcanhar do Mundo: Romance de Costumes. Edições Gama, 1942 | 1942 | 2 |
Gomes, Soeiro Pereira, Esteiros. Avante, 2009. | 1941 | 1 |
Lisboa, Irene, Crónicas da Serra. Presença, 1997. [40] | 1962 | 1 |
Maria Angelina and Raúl Brandão, Portugal Pequenino. Veja, 1985. | 1930 | 1 |
Namora, Fernando, Retalhos da Vida de um Médico—Primeira série. EEA, 1979. | 1949 | 2 |
Namora, Fernando. A Casa da Malta. Bertrand, 1978. | 1945 | 1 |
Oliveira, Carlos de, Finisterra. Paisagem e Povoamento. Sá da Costa, 1978. | 1978 | 2 |
Oliveira, Carlos, Casa na Duna. Assírio e Alvim, 2004. [38] | 1943 | 2 |
Peixoto, José Luís, Abraço. Quetzal, 2011. [28] | 2011 | 2 |
Pires, José Cardoso, Alexandra Alpha. Dom Quixote, 1999. | 1987 | 1 |
Redol, Alves, Fanga. Caminho, 1996. | 1943 | 1 |
Redol, Alves, Porto Manso. EEA, 1979. [33] | 1946 | 2 |
Rentes de Carvalho, José, Ernestina. Quetzal, 2010. [23] | 2009 | 1 |
Ribeiro, Aquilino, A Via Sinuosa. Círculo de Leitores, 2008. | 1918 | 1 |
Ribeiro, Aquilino, Aldeia. Terra, Gente e Bichos. Bertrand, 1964. [35] | 1944 | 2 |
Ribeiro, Aquilino, Andam Faunos pelos Bosques. Bertrand, 1985. [29] | 1926 | 1 |
Ribeiro, Aquilino, Quando os Lobos Uivam. Bertrand, 1999. [25] | 1958 | 1 |
Rodrigues, Urbano Tavares, Campos da promessa. ATAEGINA, 1998. | 1998 | 1 |
Rodrigues, Urbano Tavares, Estórias Alentejanas. Caminho, 1977. | 1977 | 1 |
Rodrigues, Urbano Tavares, Filipa Nesse Dia. EEA, 1988. [48] | 1988 | 1 |
Saramago, J. Levantado do Chão. Porto Editora, 2014. | 1980 | 1 |
Seves, António, Leomil. CP Leomil, 2013. | 1921 | 2 |
Silva, Armando Antunes da, Alentejo É Sangue. Livros Horizonte, 1984. | 1984 | 1 |
Silva, Armando Antunes da, Suão. Portugália, 1960. | 1960 | 3 |
Silva, Armando Antunes da, Terra do Nosso Pão. Bertrand, 1975. | 1964 | 1 |
Teixeira de Pascoaes, A Beira (num relâmpago). Assírio e Alvim, 1994. | 1916 | 1 |
Torga, Miguel, Contos (A Terceira Voz). Dom Quixote, 2001. [45] | 1934 | 1 |
Torga, Miguel, Contos da Montanha (O Vinho), in Contos. Dom Quixote, 2001. [26] | 1941 | 1 |
Torga, Miguel, Diário, vols. V a VIII (Diário VII). Dom Quixote, 2001. | 1956 | 1 |
Torga, Miguel, Novos Contos da Montanha (O Leproso), in Contos. Dom Quixote, 2001. | 1944 | 1 |
Venda, António Manuel, Uma noite com o fogo. Quetzal, 2009. [27] | 2009 | 1 |
Appendix B. Notes and Literary Excerpts in Portuguese
- (a)
- The term “faction” was coined in reference to Jules Verne’s narratives, which, despite their fantastical content, refer to factual technical and scientific innovations that the author identified as marking his time [17].
- (b)
- LITESCAPE.PT—Atlas of Literary Landscapes of Mainland Portugal, https://ielt.fcsh.unl.pt/en/portfolio/atlas-of-literary-landscapes-of-mainland-portugal/ (accessed on 1 september 2024). By exploring the relationship between literature and territory, it identifies excerpts in Portuguese literature in which landscapes are depicted (“literary landscapes”). As of 10 July 2023, it comprised more than 7000 excerpts, 6972 of which were published from 1900 onwards, included in 947 writings written by 176 writers.
- (c)
- NUTS3 is an abbreviation referring to the Eurostat Nomenclature of Territorial Units for Statistics, level 3.
- (d)
- Original text: Era tal a braveza do sol e a secura dos montes e do plantio, que dava a impressão de que a qualquer momento poderia rebentar um incêndio [p. 223].
- (e)
- Original text: Três ou quatro homens lançavam fogo, de ponta a ponta, a uma floresta e com vento de feição, aquilo ia num instante. Quando os outros voltassem do primeiro fogo, além de estarem cansados, já seria tarde. Um fogo seguido, ninguém o poderia apagar… [p. 73].
- (f)
- Original text: A selva crescera tanto que lhe dava muito por cima da cabeça. O tojo era alto e ressequira no pé. E nem se deu ao cuidado de amontoar a lenha. Pegou o fogo a uma tojeira e dali a pouco a chama difusa corria a toda a frente, alterosa ou baixa, tocada pelo vento [p. 400].
- (g)
- Original text: O incêndio cada vez era maior. Num tojal, as lambras pareciam cabras às turras. Anoitecera, e, à medida que se toldava a luz, avivava-se mais o brasido. Os olhos do borracho, que o vinho e o clarão cegavam, fechavam-se numa teima de cortinas insubmissas. (…) Os montes estavam agora transformados numa fornalha [p. 281].
- (h)
- Original text: Começaram a subir pela encosta, como se alguma coisa as tivesse enlouquecido. Aquele volume de chamas fugia, e eu absolutamente pasmado com o que os meus olhos viam, as chamas como se fossem um animal disforme e bem colorido, a percorrer a encosta em direção à linha de fogo [p. 101].
- (i)
- Original text: Aquilo que me impressionava mais era o fumo. Eram colunas enormes que, vistas ao longe, desenhadas no céu, não pareciam feitas de fumo, pareciam sólidas. Eram colunas que subiam pelo céu como garras de um pássaro gigante, cujo corpo era a terra e que se agarrava ao céu. Depois de algumas horas, o fumo tapava o sol, e era uma tarde de verão que, de repente, escurecia e que, pelo fumo, se transformava em início da noite [p. 85].
- (j)
- Original text: [O] Verão lá vai levado em fogo e poeirada [pp. 125–126].
- (k)
- Original text: Houve gente que fugiu espavorida clamando protecção ao céu, para que aquele monstro de ferro não voltasse mais. Na fornalha que expedia faúlhas e deixava incêndios, aqui e ali, nos pinheirais e soutos, eles sentiam que se gerava uma maldição para a sua vida simples e quieta [p. 295].
- (l)
- Original text: As chamas iluminavam as casas e oscilavam, vencendo o negrume da noite, fazendo sombras e clarões até às muralhas do Castelo. Agarrado aos varões, Dòninha pulava, dando gargalhadas e repetindo palavras incompreensíveis [p. 300].
- (m)
- Original text: O problema rural português é mais complexo do que parece à primeira vista (...) ali houve floresta. Sabemos pelas breves referências dos geógrafos antigos (...) que a Lusitânia era espessa e contínua mata de Norte a Sul (...) Imaginem-se os incêndios colossais, verdadeiras imagens do fim do mundo, que devoraram a floresta secular! [pp. 125–126]
- (n)
- Original text: [U]ma lâmpada enorme, de luz avermelhada, parece iluminar as terras em redor [p. 11].
- (o)
- Original text: [O] silêncio da noite nos montes, um silêncio que tão bem conhecia, era quebrado apenas pelo barulho do mato a arder, um barulho que se acentuava de cada vez que as chamas subiam a uma das árvores, como se alguém de repente desatasse aos tiros [p. 17].
- (p)
- Original text: O silêncio, apenas com o fogo a quebrá-lo devagar, pachorrento, e de vez em quando uns barulhos maiores, que eu poderia logo acompanhar com a visão das chamas a subirem a um eucalipto [p. 56].
- (q)
- Original text: Mas os montes estavam cheios de fogo. Ali passava a linha com as chamas de meio metro, apagava-se ali, como se tinha apagado na aldeia, e na levada se calhar, e como se apagaria em mais pontos a seguir. Mas havia as fagulhas que a qualquer momento levariam pelos ares, e havia sítios onde as manchas não se apagariam, onde iriam continuar a sua progressão por muito tempo. E havia outras linhas de fogo noutras zonas daqueles montes, de certeza que havia outras, e fogos isolados [p. 92].
- (r)
- Original text: Ao longe, o sol do fim de tarde incendiava as serras: a fraga a arder recortava-se no céu; o povo daqueles sítios morreria na fogueira medonha; os maciços de árvores, erectos cresciam sobre o dorso da montanha como línguas das chamas [p. 93].
- (s)
- Original text: Estio ardente, sem um lameiro a verdejar! (…) Por isso os gados tiveram de procurar pastagens mais longe, nos limites vizinhos, que a labareda não tostara [p. 56].
- (t)
- Original text: Oito dias andou o fogo na serra sem ninguém o poder apagar. Naquele tempo estava tudo seco. Eram já uns tantos de Agosto, talvez fosse mesmo entrado o Setembro. Foi uma desgrácia pro gado, que andava todo pelos altos. (...). Q’ ando um pastor se descuida e as cabras e as ovelhas atravessam aquelas queimadas, botam a barriga [p. 105].
- (u)
- Original text: A terra está aberta, fertilizada pela cinza, pronta para receber as sementes. Assim que venham as primeiras chuvas [p. 153].
- (v)
- Original text: [C]obriu toda a seara num instante, alastrava agora pelos campos, pelos cabeços, era por certo mais que um quilómetro em chamas [p. 126].
- (w)
- Original text: [T]odo o fumo saía do forte fogo perto, da seara de trigo que, passando o barracão aberto, sem reboco onde guardavam as alfaias, chegava, rasa e rala, pelo vale e pelo cabeço que sobe desde o monte, até junto da linha de chão charruado onde os sobreiros cresciam, cheios de sombra [p. 30].
- (x)
- Original text: O bronze começou a gritar na noite e os lavradores acordaram em pesadelo, estremunhados, a tropeçar e a gesticular (...) aos berros e aos empurrões nos mais dorminhocos, saíram para a rua munidos de quanto vasilhame encontraram no caminho [p. 28].
- (y)
- Original text: [C]á para mim, o melhor era pegar fogo dali, contra o outro, que é como é [p. 187].
- (z)
- Original text: Os ratinhos já avançaram pela seara dentro. Diz o feitor, É o patrão. Diz o sargento, Agradeça por, e sempre às ordens. Diz o feitor, Tenha-me olho nesses malandros. Diz o sargento, Vá sem receio, com eles sei eu lidar. Dizem uns do sul, Deitamos fogo à seara. Dizem outros, Seria uma dó de alma. Dizem todos, Não há dó para estas almas [p. 38].
- (aa)
- Circular nº. 11, PT/ANTT/MAI/GM/JE0032, Cx. 217, 1961; Circular nº13/1964, PT/AMS, Diversos—Correspondência com várias entidades e Governo Civil, Proc.1, Cx.4, Pt.2 (30/07/1963 a 29/07/1964).
- (ab)
- Original text: Que o diabo leve todas as florestas! Todas! [p. 98].
References
- Pinto, P.; Silva, Á.P.; Viegas, D.X.; Almeida, R.; Miguel, J.; Ribeiro, L.M. Influence of convectively driven flows in the course of a large fire in Portugal: The case of Pedrógão Grande. Atmosphere 2022, 13, 414. [Google Scholar] [CrossRef]
- Pyne, S.J. Pyrocene; University of California Press: Oakland, CA, USA, 2021; p. 2. [Google Scholar]
- Sousa, J.; Çinar, C.; Carmo, M.; Malagoli, M. Social and Historical dimensions of wildfire research and the consideration given to practical knowledge: A systematic review. Nat. Hazards 2022, 114, 1103–1123. [Google Scholar] [CrossRef]
- Moreira, F.; Rego, F.C.; Ferreira, P.G. Temporal (1958–1995) pattern of change in a cultural landscape of northwestern Portugal: Implications for fire occurrence. Landsc. Ecol. 2001, 16, 557–567. [Google Scholar] [CrossRef]
- Oliveira, E.; Colaço, M.C.; Fernandes, P.M.; Sequeira, A. Catarina. Remains of traditional fire use in Portugal: A historical analysis. Trees For. People 2023, 14, 100458. [Google Scholar] [CrossRef]
- Kern, R. Ecocriticism what Is It Good For? Interdiscip. Stud. Lit. Environ. 2000, 7, 9–31. [Google Scholar] [CrossRef]
- LaCapra, D. History and Criticism; Cornell University Press: Ithaca, NY, USA, 1985; p. 127. [Google Scholar]
- Moretti, F. The Bourgeois. Between History and Literature; Verso: London, UK, 2013. [Google Scholar]
- Hones, S. Literary Geography; Routledge: Oxford, UK, 2022. [Google Scholar]
- Hou, L.; Kang, J.; Xu, Y. A study on the influence of human cultural environment on literary creation from the perspective of eco-criticism. Adv. Soc. Sci. Educ. Humanit. Res. 2021, 635, 69–75. [Google Scholar]
- Chance, K.R. ‘Where there is fire, there is politics’: Ungovernability and Material Life in Urban South Africa. Cult. Anthropol. 2015, 30, 394–423. [Google Scholar] [CrossRef]
- Fowler, C. Ignition Stories: Indigenous Fire Ecology in the Indo-Australian Monsoon Zone; Carolina Academic Press Ritual Studies Monograph Series: Durham, UK, 2013. [Google Scholar]
- Xygalatas, D. The Burning Saints. Cognition and Culture in the Fire-Walking Rituals of the Anastenaria; Routledge: Oxford, UK, 2012. [Google Scholar]
- Lindström, K.; Palang, H.; Kull, K. Landscape semiotics. In The Routledge Companion to Landscape Studies; Emma, W., Ian, T., Mick, A., Peter, H., Eds.; Taylor and Francis: Oxford, UK, 2019; pp. 74–90. [Google Scholar]
- Tuan, Y. Space and Place: The Perspective of Experience; University of Minnesota Press: Minneapolis, MN, USA, 2005. [Google Scholar]
- Relph, E. Place and Placelessness; Pion: London, UK, 1976. [Google Scholar]
- Gernsback, H. Science Fiction versus Science Faction. Quaterly Wonder Stories 1930, 2, 1. Available online: https://manifold.umn.edu/read/fc03beb6-e670-4746-af17-4bac70ddb764/section/9ae1ea4b-4d9a-4e3d-93ac-3871e2acc617#ch68 (accessed on 4 November 2024).
- Pyne, S.J. Firepower. Interdiscip. Stud. Lit. Environ. 2014, 2, 109–114. [Google Scholar] [CrossRef]
- Queiroz, A.I. Landscapes of Portugal in Two Hundred Years of Narratives. Port. Stud. 2017, 33, 39–55. [Google Scholar] [CrossRef]
- Namora, F. Esboço Histórico do Neo-Realismo; Memórias VIII; Academia das Ciências de Lisboa: Lisboa, Portugal, 1961. [Google Scholar]
- McNab, G.R., Jr. The Neo-Realist Novel in Portuguese Literature as a Political Weapon (Preview); PhD Modern Language and Literature, Graduated School of Arts and Science, New York University: New York, NY, USA, 1973. [Google Scholar]
- Bello-Dias, A. Elementos Para a Organização da Defesa Contra Fogos no Património Florestal; Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, Ministério da Economia: Lisboa, Portugal, 1955. [Google Scholar]
- Carvalho, J. Rentes de. Ernestina; Quetzal: Lisboa, Portugal, 2010. [Google Scholar]
- de Castro, J.F. A Lã e a Neve; Guimarães & C: Lisboa, Portugal, 1955. [Google Scholar]
- Ribeiro, A. Quando os Lobos Uivam; Livraria Bertrand: Lisboa, Portugal, 1999. [Google Scholar]
- Torga, M. O Vinho. In Contos da Montanha. Contos; Dom Quixote: Lisboa, Portugal, 2001. [Google Scholar]
- Venda, A.M. Uma Noite Com o Fogo; Quetzal: Lisboa, Portugal, 2009. [Google Scholar]
- Peixoto, J.L. Abraço; Quetzal: Lisboa, Portugal, 2011. [Google Scholar]
- Ribeiro, A. Andam Faunos Pelos Bosques; Bertrand Editora: Lisboa, Portugal, 1985. [Google Scholar]
- Cattau, M.E.; Wessman, C.; Mahood, A.; Balch, J.K. Anthropogenic and Lightning-Started Fires Are Becoming Larger and More Frequent over a Longer Season Length in the U.S.A. Glob. Ecol. Biogeogr. 2020, 29, 668–681. [Google Scholar] [CrossRef]
- Berčák, R.; Holusa, J.; Trombik, J.; Resnerová, K. A Combination of Human Activity and Climate Drives Forest Fire Occurrence in Central Europe: The Case of the Czech Republic. Fire 2024, 7, 109. [Google Scholar] [CrossRef]
- Silva, P.; Carmo, M.; Rio, J.; Novo, I. Changes in the Seasonality of Fire Activity and Fire Weather in Portugal: Is the Wildfire Season Really Longer? Meteorology 2023, 2, 74–86. [Google Scholar] [CrossRef]
- Redol, A. Porto Manso; Publicações Europa-América: Algueirão–Mem Martins, Portugal, 1979. [Google Scholar]
- Ribeiro, O. Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico; Livraria Sá da Costa: Lisboa, Portugal, 1986. [Google Scholar]
- Ribeiro, A. Aldeia. Terra, Gente e Bichos; Livraria Bertrand: Lisboa, Portugal, 1964. [Google Scholar]
- Pearce, E.A.; Mazier, F.; Normand, S.; Fyfe, R.; Andrieu, V.; Bakels, C.; Balwierz, Z.; Bińka, K.; Boreham, S.; Borisova, O.K.; et al. Substantial light woodland and open vegetation characterized the temperate forest biome before Homo sapiens. Sci. Adv. 2023, 9, 14. [Google Scholar] [CrossRef] [PubMed]
- Fonseca, M. Cerromaior; Editorial Inquérito: Lisboa, Portugal, 1943. [Google Scholar]
- de Oliveira, C. Casa na Duna; Assírio e Alvim: Lisboa, Portugal, 2004. [Google Scholar]
- da Fonseca, T. Filha de Labão; Edições Europa-América: Algueirão–Mem Martins, Portugal, 1972. [Google Scholar]
- Lisboa, I. Crónicas da Serra; Editorial Presença: Oeiras, Portugal, 1997. [Google Scholar]
- Carmelo, L. A Falha; Edições Europa-América: Algueirão–Mem Martins, Portugal, 2009. [Google Scholar]
- Faria, A. A Paixão; Caminho: Lisboa, Portugal, 2013. [Google Scholar]
- da Cruz, B. Planalto em Chamas; Arcádia: Porto, Portugal, 1963. [Google Scholar]
- Cabral, A. A Noiva de Caná; Editorial Notícias: Lisboa, Portugal, 1995. [Google Scholar]
- Torga, M. A Terceira Voz. In Contos; Dom Quixote: Lisboa, Portugal, 2001. [Google Scholar]
- Saramago, J. Levantado do Chão; Porto Editora: Porto, Portugal, 2014. [Google Scholar]
- Freire, D.; Fonseca, I.; Godinho, P. (Eds.) Mundo Rural. Transformação e Resistência na Península Ibérica (século XX); Edições Colibri: Lisboa, Portugal, 2004. [Google Scholar]
- Rodrigues, U.T. Filipa Nesse Dia; Edições Europa-América: Algueirão–Mem Martins, Portugal, 1988. [Google Scholar]
- Silva, M.N.; Gomes, I.; Queiroz, A.I.; Carmo, M.; Ágoas, F. Chronique d’une calamité annoncée. Les paysages du feu dans le nord du Portugal. Études Rural. 2024, 214, 59–76. [Google Scholar]
- Fonseca, I.; Freire, D. ‘Barbaros sin libertad’: Resistencia y agitación en las comunidades de montaña contra la acción de los servicios forestales en Portugal (1926–1974). In Historia y Economia del Bosque en la Europa del Sur (Siglos XVIII–XX); Amarilla, J.A.S., Ayo, R.U., Eds.; Prensas Universitarias de Zaragoza: Zaragoza, Spain, 2003; pp. 195–222. [Google Scholar]
- Picão, J.d.S. Através dos Campos: Usos e Costumes Agrícolas Alentejanos (Concelho de Elvas); Neogravura: Lisboa, Portugal, 1947. [Google Scholar]
- Pereira, J.P. As lutas sociais dos trabalhadores alentejanos: Do banditismo à greve. Análise Soc. 1980, 16, 135–156. [Google Scholar]
- Queiroz, A.I.; Ágoas, F.; Portela, J.A.; Sousa, J.; Carmo, M. The literary arsonist. In A Transdisciplinary Approach to Uncertain Landscapes; Rebeca, B.-R., Marta, L.J., Ana, I.Q., Eds.; Springer: Berlin/Heidelberg, Germany, 2025; in press. [Google Scholar]
- Ghosh, A. The Great Derangement. Climate Change and the Unthinkable; The University of Chicago Press: Chicago, IL, USA, 2016. [Google Scholar]
Group of Categories | Categories | Sub-Categories |
---|---|---|
A. Biophysical and environmental circumstances | ||
Weather | W_WIND W_TEMP W_HUM W_RAIN | |
Morphology | M_MOUNT M_PLAIN M_VALLEY | |
Land use | L_AGER L_SALTUS L_SYLVA L_BUILT | |
Ignition | I_LIGHT I_ACC I_MANAG I_PRES I_ARS I_UNK | |
Seasonality | S_SUMMER S_AUTUMN S_WINTER S_SPRING | |
Spread | S_EXTENT S_INTENSITY S_FIREBRAND | |
B. Historical, social, and political circumstances | ||
Historical | H_PAST H_TIME | |
Perception | P_BELL P_CHEMICAL P_BURNING | |
Actors | A_LOCALS A_AUTHORIT A_WORKERS A_EMPLOYERS A_FIGHTERS A_MEDIA | |
Consequences | C_VICTIMS C_MATERIALS | |
Living conditions | L_CONDITIONS | |
State | ST_PRESENCE ST_ACTION | |
Sociability | S_INTEG S_ANOMIE S_CONFLICT | |
C. Representation features | ||
Illusion | I_ILLU | |
Time | T_IMAG T_BEFORE T_ON T_AFTER | |
Subjectivation | S_SCEN S_PERS S_NHUM S_SPNAT | |
Adjectivation | A_FRIEND A_FOE |
Disclaimer/Publisher’s Note: The statements, opinions and data contained in all publications are solely those of the individual author(s) and contributor(s) and not of MDPI and/or the editor(s). MDPI and/or the editor(s) disclaim responsibility for any injury to people or property resulting from any ideas, methods, instructions or products referred to in the content. |
© 2024 by the authors. Licensee MDPI, Basel, Switzerland. This article is an open access article distributed under the terms and conditions of the Creative Commons Attribution (CC BY) license (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
Share and Cite
Queiroz, A.I.; Ágoas, F.; Portela, J.A.; Sousa, J.; Carmo, M. Pyrostories: New Historical Insights into Portuguese Burning Landscapes. Geographies 2024, 4, 713-731. https://doi.org/10.3390/geographies4040039
Queiroz AI, Ágoas F, Portela JA, Sousa J, Carmo M. Pyrostories: New Historical Insights into Portuguese Burning Landscapes. Geographies. 2024; 4(4):713-731. https://doi.org/10.3390/geographies4040039
Chicago/Turabian StyleQueiroz, Ana Isabel, Frederico Ágoas, Joana Abranches Portela, Joana Sousa, and Miguel Carmo. 2024. "Pyrostories: New Historical Insights into Portuguese Burning Landscapes" Geographies 4, no. 4: 713-731. https://doi.org/10.3390/geographies4040039
APA StyleQueiroz, A. I., Ágoas, F., Portela, J. A., Sousa, J., & Carmo, M. (2024). Pyrostories: New Historical Insights into Portuguese Burning Landscapes. Geographies, 4(4), 713-731. https://doi.org/10.3390/geographies4040039